(…)

A pior parte de carregar isso nessa vida é saber que mesmo se eu morrer vou continuar carregando comigo, na próxima vida depois dessa e na próxima e na próxima… e só de pensar que venho me carregando assim... para além da pena, quero entender como resolver o problema, o dilema, o sistema, o poema.


E o que eu faço com as memórias dos meus sonhos, onde voo como um jato? Onde flutuo, pairo, bato asas, tão leve no céu? O que eu faço com as mensagens, as coincidências, os sinais que eu não entendo? 


Por aqui tá tudo travado, engasgado, cansado, um monte de sono acumulado, um monte de sonho atravessado, atravessando-me ; Rio e choro cachoeiras. Me estiro me escondendo, cubro o corpo, imóvel, me encolho e escuto uma sinfonia dos meus nervos, um aperto, uma luta anti-entrega—absoluta onde só a fé nos propósitos de Deus importa, e que venha a próxima vida, porque essa não deu certo. Desculpa. 



ICMT  - 17/09/24  - 11:59


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