GOTA CACHECOL

Um pensamento que quero escrever, mas, oque abordar? Nossas escritas são escritas ao acaso. E depois disso paro uns cinco segundos para admirar essa úlima frase.

É frase de fase. Fase de fazê frase. Se eu pudesse descrever esse momento... eu sinto falta de escrever, sim, como sinto! Mas, de repente eu estou me auto-programando para sei lá o quê e tudo sai diferente. Sabe assim, que sai e parece que esse tudo é o nada que sai de mim!

Estranho comportamento literal esse, quando os versos empobrecem pode ser que o coração pedrificou...

Doente essa sensação de querer calcular o resultado da história antes mesmo dela ter começado a ser escrita.

Eu gosto de ser pensamento em você, e nos olhos atentos à tela e aos dedos que teclam descrevendo sensações.

Continuo na promessa de não deixar de escrever. Creio.

E eu gosto desses dias brancos de vento frio no nariz, me lembra São Paulo, me lembra a Galeria, definitivamente. O que eu faço aqui mesmo? Ah, sim... estou muito feliz.

Deixe-estar-estou-feliz-no-final-das-contas.

Não só porque pago minhas contas.
Posso até tirar meu cachecol do guarda-roupa, esperar por mais uma delas até três, dez horas e ela chega fria da rua com a boca geladinha. Que momento maravilhoso!

Mais um ponto: A gente cresce e se sente besta demais pra falar do amor. Claro, considere todas as desilusões, os casos e cachos passados que não se firmaram. Considere os teus erros, as vezes em que você dizia que amava e hoje pensa "Não, aquilo não era amor, pensei que fosse."

Mal humanamente aceitável.

A gente as vezes se sente com o coração gasto mesmo...

E se apaixona de novo e se sente criança, gospe na mão e cola na testa porque ela é de verdade, minha querida!E você descobre que ela é livre igual você.

Amor que se pede diferente e vem tão doce e deixa tudo tão seguro de coração.

É tão bonito e bem recebido um acalanto, tão quentinho... e vale lembrar que segurança no coração é o começo de tudo. E não há porque querer acelerar o passo, o processo é preciso.

E racíocio repentino me aboba!
Não se deixe enganar, sentindo-se bobo é amor!


( escrito em novembro de 2005, levemente reeditado hoje.)

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