Louca Varrida, Sem Cortes


Quase tudo dizia que eu morreria cedo.

Com medo da cara da morte,
medo do destino breve
do blefe que atreve
Louca varrida
cigarro na geladeira!?

Cerveja se evita
a primeira.
De todas que eu quis
eu quis você mais.

O mundo,
era esse mundo que você queria tanto?
Um fundo sem fundo
Um caos sem estrela

Da dor derradeira ao despertar
Possibilidades reais.
Cinema?! Ora, cinema!
Cinema no primeiro encontro.

Confusa não!
Semifusa.
Dançante, delirante,
Aquela que vai conferir o assobio.

Aquela que acha que é.
Aquela que acha demais.
Aquela do achismo...
Tolice!

Silêncio para o som que o corpo faz!
Barulho interno da alma:
Sinfonia com hora marcada.

Alma interada no corpo
Corpo entregue à dança
Esforço receoso a entrega
Da alma do sujeito que habita o corpo.

Morto,
O corpo cansou.
Fora a fagulha de mim que escapou.
Farta satisfeita.

Vazio cheio de palavras, palavrões, palavreado, palavrinha, palavrete, verborragias e verbetes.

Congelamento de sentimento partido partícula-por-partícula, parte-a-parte da parte particular que partiu do ponto de partida do sentimento que era quente e congelou.

Conseguimos congelar o fogo de nós.
Consequimos naturalmente esquentar o vento.
Conseguimos manipular as idéias que sugerimos e que temos de nós.

Temor do mundo acabar...
(O mundo já está acabado)
(Vamos reconstruir o mundo)
(Vamos ter outras idéias do mundo e de nós mesmos)

Temor do bem do mundo acabar.
Temor de acabar a cerveja do mundo.
Temor do escuro profundo.
Temor do poder da Igreja.
Temor do poder do poder.

Não dá para minimizar,
zipar, comprimir, compressurizar,
toda uma força simbolicamente pensante
numa noite, num poema assim.




Isabel . escrito em 13/04/11
Da série: "Será que você combina (mesmo) comigo?"

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas